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sexta-feira, 22 de junho de 2007


Teatro Inglês

A primeira obra notável do teatro inglês foi Spanish Tragedy, de Kyd, uma mistura de tragédia e peça popular. Robert Greene comparece com peças poéticas e Marlowe, precursor de William Shakespeare, funde os dois estilos, a tragédia e a comédia.
Em 1558 tem início o teatro denominado elisabetano, por ter se desenvolvido durante o reinado de Elisabeth I. Seu florescimento foi extraordinário muito embora prevalecesse na Inglaterra o mais arraigado preconceito contra a profissão teatral.
Os teatros elisabetanos possuíam um formato circular ou poligonal, sem teto e eram construídos de madeira. O palco avançava até o meio do edifício de tal forma que o público o cercava por três lados tendo boa visibilidade. Alguns destes tinham três níveis a fim de que várias cenas pudessem ser representadas simultaneamente.
Os autores mais notáveis dessa época foram William Shakespeare (Romeu e Julieta, Hamlet, A Megera Domada), Christopher Marlowe (Eduardo II, Doutor Fausto ) e Bem Jonson (Volpone, A Mulher Silenciosa , O Alquimista ) Suas peças , divididas em obras históricas, comédias e tragédias fazem não só a crônica do país como também descrevem com rara compreensão a condição humana , as relações entre o indivíduo e a sociedade.
O Teatro Inglês da Restauração
Depois do desaparecimento de Willian Shakespeare e de seus êmulos, Ben Johnson, Francis Beaumont, John Fletcher, Philip Massinger, John Ford, Thomas Kid e Christopher Marlowe, e do período sombrio das ditaduras de Oliver Cromwell e de seu filho Richard, destituído em 1659, começou o teatro inglês um período conhecido como o da "restauração", pois na verdade se tratava da restauração da beleza britânica, sob o rei Charles II, da dinastia Stuart. Houve então uma liberalização tão grande nessa ocasião que os papéis femininos deixaram de ser feitos por homens, em travesti, passando a ser desempenhados por mulheres, algumas das quais ficaram famosas e têm seus nomes incorporados à história do teatro inglês, como Nell Gwynn, que se tornou a favorita do rei; Mrs. Barry, Mrs. Bracegirdle e Mrs. Mountfort.
Elas abriram caminho para as glórias futuras de Sara Siddons, mais conhecida como Mrs. Siddons, que seria a primeira grande atriz trágica inglesa, notabilizando-se, sobretudo pelo papel de Pórcia, em O Mercador de Veneza, de Shakespeare.
O teatro inglês da "restauração" caracterizou-se pela alegria, destacando-se entre os autores dessa época Willian Congreve, George Farquhar, Willians Wycherly e outros, cujas comédias ainda são representadas. Mas surgiram também autores de dramas e tragédias, como John Dryden, Thomas Shadwell, Thomas Otway e outros.

O Teatro espanhol fornece inúmeros enredos ao contemporâneo teatro inglês, que muito com ele se parece: variedade de enredos históricos, novelísticos, patrióticos, cômicos; construção em atos (jornadas) - que são, porém, três na Espanha e cinco na Inglaterra - sem grande preocupação pela coerência dramatúrgica e psicológica; dominam o espírito popular na assimilação de elementos eruditos e estrangeiros, e a combinação de força dramática e lírica. Os primeiros dramaturgos ingleses foram os University Wits, estudantes eruditos que se dignaram a escrever para outros teatros populares. A primeira obra notável é a Spanish Tragedy, de Kid (1558-1594), combinação de tragédia de horrores senequiana e de peça popular; é a primeira de muitas "tragédias de vingança", às quais também pertence Hamlet. A poesia aparece primeiro em Robert Greene (1558?-1592), e os dois elementos se fundem no poderoso Marlowe, precursor imediato de Shakespeare. São três gênios prematuramente desaparecidos. Depois, o trabalho dramatúrgico cai nas mãos de atores, como Shakespeare, ou de autores profissionais, que trabalham mal remunerados, para empresários. A literatura dramática não era considerada, naquele tempo, como verdadeira literatura.

A era de Shakespeare

Logo depois, o teatro inglês chega, com Shakespeare, ao seu ponto culminante. O estabelecimento da cronologia mais ou menos exata das suas obras revela uma evolução do seu pensamento e da sua arte, no sentido de maior concentração e de crescente pessimismo. Antigamente, essa mudança costumava ser explicada por experiências pessoais do poeta. Hoje se prefere salientar que a primeira fase coincide com a Renascença, no tempo da Rainha Elizabeth, e a segunda fase com o Barroco inglês, no tempo do Rei Jaime I. Dramaturgos elizabetanos ainda são Thomas Dekker (c.1572-c.1632), chamado o "Shakespeare em prosa", mas também ele cheio de poesia; e Thomas Heywood (1574?-1641), ao qual se deve a primeira tragédia doméstica e sentimental, "A woman Killed with Kindness" ( "Uma mulher assassinada com Ternura").
Entre os contemporâneos de Shakespeare, só um fica completamente independente da sua arte: seu amigo Ben Jonson, autor de eruditas tragédias tiradas da história romana e criador da comédia de caracteres, Every Man in his Humour ("Cada homem, cada temperamento"), com mordaz tendência satírica (Volpone). A influência de Shakespeare exerceu-se, sobretudo em sua segunda fase, no período do Rei Jaime, sobre os tragediógrafos barrocos. Assim, em (Marston c.1576-1634), poeta dramático indisciplinado; The Malcontent ("O insatisfeito") é obra de espírito, embora não de valor, hamletiano. Grande dramaturgo é Thomas Middleton (1580-1627); quase sempre colaborou com outros - métodos de trabalho muito bom na época - de modo que não é fácil determinar o que é seu e o que pertence aos seus colaboradores. Sua arte tem duas faces: comédias turbulentamente alegres à maneira elizabetana, The Roaring Girl ("A Rapariga Turbulenta"), e profundas e sombrias tragédias de inspiração barroca, The Changeling ( "A Criança Trocada" ).
O ponto mais alto da tragédia barroca inglesa são as poucas obras de John Webster (c.1580-c.1625), de cuja personalidade não se sabe quase nada; mas The White Devil ("O Diabo Branco") e The Duchesse of Malfi são obras de importância shakespeariana . Também não sabemos quase nada de Cyril Tourneur (c.1575-1626), nem sequer é possível verificar com certeza sua autoria de Revenger's Tragedy ("Tragédia do Vingador"), a obra mais sombria e umas das mais poderosas do teatro inglês. Do ponto de vista moral costuma-se classificar Tourneur como "decadente". Mas esse adjetivo se aplica a John Ford e sua mórbida preferência por casos de incesto e degradação; contudo, The Broken Heart ("Coração Desiludido") e Tis Pity She's a Whore ("Pena que ela seja Rameira") ainda pertencem, poeticamente, à grande época do teatro barroco inglês.

William Shakespeare


WILLIAM SHAKESPEARE

Dramaturgo e poeta inglês, William Shakespeare é reconhecido como o maior dramaturgo de todos os tempos. Suas obras foram amplamente publicadas e traduzidas para todas as principais línguas do mundo. Suas Obras As peças de Shakespeare são normalmente divididas em três categorias: comédias, peças históricas e tragédias. Comédias Algumas de suas comédias mais famosas são: A Comédia dos Erros, Os Dois Cavalheiros de Verona, Sonho de Uma Noite de Verão, O Mercador de Veneza, Muito Barulho Por Nada, Como Quiserdes, A Megera Domada e A Décima Segunda Noite. As comédias de William Shakespeare celebram a vida social e expõem a tolice humana, passando por fases: as primeiras são na maioria farsas leves, que incluem tramas e personagens cômicos. Há também as comédias alegres, marcadas por um tom alegre e personagens cativantes. Já as comédias baseadas em problemas tratam de temas complexos e normalmente desagradáveis, contendo personagens cujos defeitos morais são mais graves e difíceis de modificar que os defeitos dos personagens das farsas ou comédias alegres. Peças Históricas As peças históricas eram populares na época de Shakespeare. Ele escreveu dez dessas peças, retratando os reinados dos reis da Inglaterra medieval e explorando realidades do poder que ainda são relevantes nos dias de hoje. O tema geral de suas peças era a importância de uma ordem política estável, mas também o alto preço moral e emocional que normalmente tem que ser pago para alcançá-lo. Essas peças históricas não serviam apenas como fonte de entretenimento, mas também como uma importante fonte de informação sobre o passado da nação. Suas peças históricas são: Ricardo II, Henrique IV, Partes I e II, Henrique V, Henrique VI, Partes I, II e III, Ricardo III, Rei João, Henrique VIII. Tragédias As tragédias de Shakespeare representam seus maiores sucessos na dramaturgia. Elas apresentam um estudo profundo sobre a natureza humana. Entre as maiores tragédias de Shakespeare estão: Romeu e Julieta, A Tempestade, Júlio César, Antônio e Cleópatra, Hamlet, Othello, Rei Lear e Macbeth. As tragédias Hamlet, Othello, Rei Lear e Macbeth tem um traço comum: a trama tem seu herói trágico (o personagem principal) e este herói tem uma falha trágica, uma característica que é levada ao extremo e que ocasiona a sua queda. Conclusão Shakespeare tinha um incrível conhecimento da natureza humana, explorado em seus personagens. Ele ilustrou e desenvolveu as motivações, os defeitos e o comportamento humano. Lendo suas peças, vemos elementos de nossa própria personalidade sendo retratados. Shakespeare foi um poeta e dramaturgo brilhante. Suas contribuições para a literatura fazem dele um dos maiores escritores de todos os tempos.